"A Igrejinha dos Morrinhos, buscada de longe, até finalmente se aproximar. (...) Não há em M. Claros lugar potencialmente mais romântico do que este"
Sexta 17/06/22 - 11h04Notícia publicada originariamente, com imagens, no @montesclaroscom - Clique aqui para ir e seguir o @montesclaroscom no Instagram
A IGREJINHA DOS MORRINHOS, BUSCADA DE LONGE, ATÉ FINALMENTE SE APROXIMAR
Buscada pelas lentes, de longe, a diminuta e centenária Igrejinha dos Morrinhos é só uma silhueta, quase miragem.
Erguida no Outeiro dos Morrinhos, que a população desde sempre chama de Morrinhos, embora seja 1 só morrinho, a ermida tem bela história.
Um palhaço de circo fugiu com moça da cidade.
A mãe Germana prontamente fez promessa.
Se a filha voltasse com o palhaço de circo, ergueria ali uma capelinha ao Senhor do Bonfim.
O casal voltou, a história teve final feliz, a capela está lá, desde 1885, e é lugar romântico e histórico da cidade.
Lá o menino Darcy Ribeiro deitou azul de metileno na água da caixa dágua, e a água das poucas torneiras correu azul por uma longa tarde... ele contou em detalhes, divertido.
Depois do exílio, que chamava de desterro, ia sempre ali, reunir-se e contar histórias do menino dos anos 20, 1920.
Hoje, os Morrinhos ocupam o centro geográfico da cidade e hospedam as principais emissoras de rádio FM de Montes Claros, além das principais torres de telefonia celular e a geradora local da TV Globo.
A caixa dágua segue lá, esperando a prometida transformação em cartão postal de toda a Copasa de Minas - como definido em projeto.
E a capelinha, terna e doce, eterna na memória de gerações, recebeu do poeta Joao Chaves algumas de suas melhores páginas, e também algumas das modinhas que o Brasil canta.
Não há em M. Claros lugar potencialmente mais romântico do que este.