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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 18 de maio de 2024
 

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Mensagem: UMA SOCIEDADE COM HISTÓRICO DE FEMINICÍDIO. Geralmente a nossa sociedade é baseada nas relações desiguais entre os sexos. Essa ASCENDÊNCIA do masculino sobre o feminino não é “natural”. Portanto, ela tem consequências no comportamento individual – bem como nas relações sociais e políticas. Tudo bem, que é pelos estereótipos que define a mulher e o homem - baseado neste padrão que avaliam o comportamento de risco e a violência como fundadores da masculinidade. O combate à violência contra a mulher envolve questionar os estereótipos e as relações de dominação que geram a legitimação da violência - uma construção da sociedade patriarcal, com a subordinação da mulher é individualidade do homem agressor responsável pelos seus atos – e da mulher vitima. Aquela “tese,” bem antiga, utilizada pelos advogados para defender os assassinos e covardes dos feminicídios e da violência contra a mulher, já caiu por terra há muito tempo – é a tese chamada “Legitima Defesa da Honra”. Onde já se viu matar um ser humano para defender a “honra” subjetiva! - Só ser mesmo um capeta! Fiz esse preâmbulo, não para lembrar um dos feminicídios mais famosos do Brasil – que foi o assassinato da estrela e “sonho de consumo” da rapaziada dos anos 70 – Ângela Diniz (Pantera de Minas), morta com tiros no rosto disparados pelo ciumento companheiro, Doca Street. O crime aconteceu em Búzios no Estado do Rio de Janeiro, final de 1976. Na verdade, quero relembrar aos montes-clarenses que: há 124 anos, dia 10 de março de 1898 sucedia um feminicídio que mais abalou a sociedade de Montes Claros. (rt) De Sol a pino e muita poeira, um baiano marceneiro de nome Francisco Amaral, motivado por um ciúme excessivo, assassinou a tiros de garrucha o jovem Juiz Municipal do Termo de Montes Claros, Dr. Sócrates Roque de Lima Borborema com apenas 25 anos de idade. Dr. Sócrates era viúvo, nascido no Paraguai - filho do Coronel Franklin Borborema. Logo após de ter consumado o assassinato, o baiano dirigiu-se a sua residência, assassinando a sua própria esposa, Dona Luisa Amaral. Depois do duplo homicídio, por espontânea vontade apresentou-se para à prisão. Este crime passional aconteceu na Rua Padre Teixeira próximo à esquina da Travessa Justino Guimarães e Rua Justino Câmara. São milhares de feminicídios (crime hediondo) e os crimes de violência contra a mulher que não são resolvidos. “São crimes de ódio contra as mulheres por serem mulheres”. Mesmo com a Lei Maria da Penha a violência contra a mulher vem aumentando, podem ter vários fatores: financeira – passional – facilidade de acesso às armas de fogo – droga – bebedeira e a falta de punição. O que hoje estamos assistindo é bem menos do que vem acontecendo. É preciso olhar debaixo da ponta do iceberg para dimensionar as ocorrências ocultas – são mulheres que têm medo de denunciar – isso incide em todas as classes sociais, maior frequência no quadrante da pobreza. A culpa é de uma sociedade omissa - cada dia mais violenta e livre de punição. Reflexão: “O nosso povo tem o defeito grave de ser muito individualista e por isso em vez de se apaixonar e lutar pelos grandes ideais de “todos juntos”, cada qual cuida de si e vive se lastimando dos seus sacrifícios pessoais. A conclusão, não demora a falar por si: isso é egoísmo e falta de compreensão dos deveres para com Deus e com a sociedade”. X – III – MMXXII (*) José Ponciano Neto é Membro da Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas e do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros.

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