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Mensagem: DESCARGA DE FUNDO E O RISCO DE ESVAZIAMENTO DA BARRAGEM DA COPASA Este artigo que vocês [eleitores] irão ler não se trata de criar comoção popular; vou externar uma situação que poderá ocorrer caso não seja reparado em um pequeno espaço de tempo. Primeiro, quero lhes dizer que a Barragem da Copasa em Juramento, no município homônimo, foi muito bem construída, e, conta com uma rede instrumentação de auscultação bem montada – não sei se ainda estão tratando os dados compilados nas leituras instrumentais. – Tais demandas é da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) – instituição responsável por fiscalizar a segurança das barragens de acumulação de água. NÃO há dúvida, que DIFICILMENTE um dia a barragem da Copasa irá romper – é quase impossível, para aumentar a segurança, a empresa construiu uma mureta acima da cota da crista do barramento, pois, conforme previsões de órgãos internacionais, há possibilidade de chuvas de recorrência de 100 anos – a mureta irá evitar o galgamento! - Me orgulho de ter participado dos estudos primários! Essa recorrência já acontece nas bacias do rio Guadalupe no Texas USA e no Rio Grande do Sul. Contudo, um dia a Barragem da Copasa pode começar esvaziar por completo se não recuperarem a “Descarga de Fundo!” Nós, técnicos em operação de barragens, sabemos o uso de barragens é indispensável para o progresso humano; para garantir o abastecimento humano as barragens de armazenamento de água são necessárias, porém, traz consigo preocupações com segurança, custos e cuidados ambientais. O uso da Descarga de Fundo vem a reboque destes dilemas, pois o dispositivo desempenha variadas funções, auxiliando o funcionamento da barragem em relação a várias questões. O emprego da Descarga de Fundo nas barragens, sua utilização é complexa e a falta de rotina de inspeções trazem riscos à segurança da barragem. O valor da Descarga de Fundo em uma barragem está ligado às suas funções; dentre elas: a estratificação do Oxigênio Dissolvido (OD) - temperatura – evita inversão térmica – evita o aumento do “volume morto” / eutrofização e a liberação dos resíduos trazidos pelas águas dos tributários [rios]. Esta última função evita o assoreamento, aumentando a vida útil da barragem. A última batimetria foi feita em 2015; acusou que a Barragem da Copasa perdeu apenas 8% da sua capacidade – uma comprovação, que a “Descargas de Fundo” é um instrumento essencial. A Descarga de Fundo / Válvula Dispersora se destaca pela sua importância para o rio abaixo (jusante), permitindo maior concentração de oxigênio dissolvido (O.D.) na água; revitalizando a vida aquática. Embora, reconheça-se a importância do DISPOSITIVO [descarga de fundo]; as gerências locais da Copasa não vêm focando na recuperação deste. Há anos, a tubulação da Descarga de Fundo foi seccionada pela reação do gás sulfídrico [sulfeto de hidrogênio] – obrigando a retirada de parte do tubo condutor – instalando um registro provisório. Na época as comportas de montante – na parte mais profunda da água, ainda funcionavam – porém, depois de uma longa manutenção mal feita, deixaram de funcionar (não fecham mais). Com os acontecimentos (sinistros) a Copasa não mexeu mais na Descarga de Fundo. O registro instalado no tubo seccionado – hoje corre o risco de soltar, em função da continuidade da oxidação; vazamentos entre os flanges devido a corrosão dos parafusos com o ataque do gás sulfídrico. - Qualquer “descarga de Fundo” exige uma manutenção constante e complexa. As atribuições da descarga de fundo, desvenda a importância do dispositivo como boa prática para o funcionamento correto da barragem. Por fim, a Copasa não procura compreender as razões da funcionalidade na estrutura da barragem do Rio Juramento. Sobre o meio ambiente aquático: Sem a aeração da água pela descarga de fundo (válvula dispersora), o Rio Juramento abaixo (jusante) da barragem, não depura o suficiente para manter o curso d’água com a vida aquática favorável, devido a falta do O.D. . Em suma: Além de várias inconformidades: ‘se’, repito, é subjetivo, SE o registro instalado provisoriamente, até hoje se tornou permanente explodir [soltar], a Copasa dificilmente irá estancar a água – pois, as comportas à montante do canal de desvio não estão fechando. Subjetivamente entendo, se a Copasa não recuperar todo o sistema de “Descarga de Fundo” a barragem da Copasa em Juramento corre sério risco de esvaziar totalmente diante da vulnerabilidade do sistema da Descarga de Fundo. X – VII – MMXXV (*) José Ponciano Neto é técnico em Meio Ambiente – Recursos Hídricos – Ex- Supervisor de Gestão de Barragens e supervisor de Estação Climatológica com tanques Classe A – Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros -IHGMC e da Academia Maçônica de letras do Norte de Minas – Colunista Literário do Site: montesclaros.com / 98,0 FM – Colaborador Novo Jornal de Notícias
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