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Mensagem: Acabou o mês de agosto. O oitavo mês do ano, que homenageia o imperador Augusto. Agosto, mês do desgosto, de cachorro louco, segundo o povo. Acabou sem grandes tragédias para os brasileiros, só as dores cotidianas, porque a desgraça já é nossa amiga íntima, daquelas que abrem nossa geladeira e urinam no nosso banheiro de porta aberta. A gente já nem se importa mais com ela, familiarizada, de casa, a infeliz. Tantos absurdos e tanta roubalheira que, se em remota hipótese, a Justiça renascer das cinzas que restam,como Fênix, não haverá onde prender tantos ladrões- só os do INSS já superlotariam nossas já abarrotadas cadeias. Mas não serei eu, juiz de província, sessentão, com 4 décadas de vida jurídica, quem vai ameaçar nossa pujante democracia com críticas-não quero policiais vigiando minha casa e até querendo usar meu banheiro, não somos íntimos assim, em meus 65 anos de vida, nunca nos frequentamos e só nos conhecemos no plano profissional. Boas relações, diga-se. Cada um no seu quadrado. Conheço nossas leis e as temo, não pelo que dizem, mas pelos que dizem por elas. De tão elásticas, pode se fazer uma atiradeira delas e sair por aí, estilingando ( ? ) passarinhos inocentes. E não adianta chamar o Ibama, sempre muito ocupado com outras espécies. Mas o que importa é que agosto terminou. Aleluia! Não houve a 3a guerra mundial, nem uma nova Hiroshima, nem suicídio ou renúncia de presidente- isto, convenhamos, comporta discussões sobre “ bem e mal”, por ser subjetivo numa nação dividida.Enfim, acabado agosto, chega setembro, mês das flores. Quem sabe a estação primaveril cumpra os versos antigos de uma música muito famosa em outros tempos, e as flores, enfim, vençam o ódio e calem os canhões, cessando batalhas insanas e inúteis. Então, cheio de fê e esperanças,seja bem vindo, Setembro!

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